“E vós, quem dizeis que eu sou?”
O Evangelho que nos é proposto neste domingo é bem conhecido por nós católicos. É uma verdade de fé revelada pelo próprio Jesus, o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Deus Eterno e Todo-Poderoso. Entretanto, muitos “católicos” colocam em dúvida esta verdade de fé: “Sobre esta pedra construirei a minha Igreja”; dizendo que Jesus não falou literalmente da Igreja Católica e que todas as igrejas e religiões são boas, falam de Deus, estão todas corretas. Quem pensa assim precisa estudar muito sobre a nossa Igreja.
Quem é Jesus? Esta pergunta é fundamental para nossa vida de fé. Você é capaz de responder esta pergunta? Sua resposta não poderá ser apenas por palavras, é necessária uma resposta com a vida. Nossas atitudes do dia a dia respondem de forma verdadeira quem é Jesus para nós. Nem tão pouco podemos apenas repetir as palavras do apóstolo Pedro, se não estivermos dispostos a morrer por esta verdade, a morrer por Jesus. A resposta a esta pergunta é um compromisso, uma adesão dia a dia, não pode ser apenas algo de momento, um “faniquito”, um “fogo de palha”, uma emoção momentânea, é algo que compromete toda nossa vida, pelo resto da vida.
A fé do apóstolo Pedro foi a pedra sobre a qual Cristo construiu sua Igreja, pois Ele mesmo iria sustentar a fé vacilante deste apóstolo que, muitas vezes, agiu pelo ímpeto, no calor do momento, mas tinha um coração grande e uma entrega total à vontade de Deus, deixando-se moldar pelo Espírito Santo. Após Pentecostes, não vemos mais um Pedro vacilante, vemos um Pedro determinado e mesmo depois de tentar fugir de Roma, fugindo da morte, ao contemplar o Cristo carregando a Cruz novamente no lugar dele, se enche de coragem e vai tomar a sua cruz.
Contemplamos também o Apóstolo Paulo: “Cinco vezes, recebi dos quarenta açoites menos um. Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia inteiro no alto mar. Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos. Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez” (2Cor 11,24-27); e tudo isso por causa da sua fé, por causa do seu “sim” a Jesus, pois Paulo respondeu com sua própria vida: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. É este o tipo de resposta que deve ser dada à pergunta de Jesus.
É difícil, é desafiador, é desanimador olhar para nossa cruz pesada, para tantas dores e sofrimentos, doenças e incompreensões, dificuldades e decepções, mas não podemos desistir, não podemos dar às costas a Jesus e à sua cruz, é preciso encher-se de coragem e carregar a nossa cruz. Assim fez Pedro, assim fez Paulo, assim fez e faz tantas e tantos membros fiéis da Igreja, assim devemos fazer eu e você.
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