Diocese de Anápolis

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Reflexão do 12° Domingo do Tempo Comum: “Todo cristão representa Cristo. Mas, até que ponto?”

No domingo passado, vimos Jesus escolhendo os doze apóstolos. Hoje, temos a graça de ouvir o sermão do envio que Jesus faz preparando seus escolhidos para o que irão encontrar pelo caminho durante a missão. E o que significa a missão desses apóstolos? Eles são enviados em nome do próprio Cristo, são seus embaixadores, devem falar não em próprio nome, mas no lugar de Jesus mesmo. São, literalmente, seus representantes, palavra que, no seu sentido mais profundo, significa “tornar presente de novo”. Trata-se da mesma presença, não de outra meramente simbólica. Assim, é o próprio Jesus quem se torna presente através deles. “Quem vos recebe, a mim recebe” (Mt 10,40).

Isso quer dizer também que, da mesma forma que Jesus foi tratado, serão também seus representantes. “O servo não é maior que seu Senhor. Se perseguiram a mim, perseguirão também a vós” (Jo 15,20). Por isso, Jesus diz por três vezes no evangelho de hoje: “não tenhais medo”. Ele quer suscitar no coração dos seus discípulos uma grande confiança e abandono na Divina Providência, quer tirar-lhes o receio que impede de realizar a missão. “No mundo haveis de ter aflições. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33).

Parece até estranho que Jesus, o Bom Pastor, envie ele mesmo seus apóstolos como cordeiros para o meio de lobos. Mas foi isso que fez consigo mesmo! Lembremo-nos de que Jesus é o Cordeiro imolado por nós, aquele que, pelo sacrifício de si mesmo, tira o pecado do mundo. O caminho no qual Jesus coloca os doze, ele mesmo o trilhou primeiro. “Quereis oferecer-vos a Deus?”, esse foi o convite feito pela Mãe de Deus, Senhora de Fátima, aos três pastorzinhos, a três pequenas crianças. Não deixa de ser um convite estendido também a nós.

Pelo batismo, todos nós, cristãos, somos transformados em hóstias vivas e podemos nos oferecer diariamente a Nosso Senhor como sacrifício agradável. Se nos acontece, atualmente, alguma perseguição por causa da nossa fé ou alguma dificuldade em exercer a missão que Deus nos entregou, recobremos a confiança em Nosso Senhor. Ele cuida de nós a ponto de estar atento até aos fios da nossa cabeça. Valemos mais que muitos pardais (evangelho de hoje), valemos o Sangue do Filho de Deus derramado na Cruz! “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8, 32).

Pe. João Paulo Cardoso
Seminário Maior Diocesano Imaculado Coração de Maria

 

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