O dia de hoje, Quarta-feira da Semana Santa é também conhecido como “Quarta-feira da Traição”, remetendo aos eventos que culminaram na prisão e subsequente crucificação de Jesus Cristo. Este dia marca o fim da primeira parte da Semana Santa, a Semana Maior, e o início do Tríduo Pascal, em memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
O Evangelho do dia (Mt 26,14-25) destaca o momento da traição de Judas Iscariotes, um dos discípulos de Jesus, que o entregou às autoridades por trinta moedas de prata. Essa passagem ressalta não apenas a traição pessoal, mas também a complexidade da natureza humana e a fragilidade da lealdade diante das tentações do mundo, representada neste episódio pela ambição por dinheiro.
Uma das práticas tradicionais neste dia é a realização da “Procissão do Encontro” em muitas paróquias ao redor do mundo, para relembrar o encontro doloroso entre a Mãe e o Filho após a traição sofrida por Ele. Ela recria o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho após a traição. Homens carregam a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto mulheres carregam a imagem de Nossa Senhora das Dores, simbolizando o profundo sofrimento de Maria ao testemunhar a crucificação de seu filho.
Durante esta procissão, é relatado o “Sermão das Sete Palavras”, baseado nas últimas palavras de Jesus na cruz, que convida os fiéis à reflexão e à penitência. É um momento de profunda meditação sobre o significado do sacrifício de Cristo e o chamado à conversão interior.
Portanto, nesta Quarta-feira Santa, somos chamados a refletir sobre os significados da traição, sacrifício e redenção, fundamentais para nossa fé. É um dia de introspecção e renovação espiritual, preparando-nos para os eventos cruciais que se desdobrarão nos próximos dias da Semana Santa – o Tríduo Pascal.