“Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles.”
No último domingo (19), 33° Domingo do Tempo Comum, a Igreja celebrou o VII Dia Mundial dos Pobres, uma ocasião que destaca a importância da misericórdia e solidariedade. A mensagem do Papa Francisco, centrada no Evangelho, nos lembra do compromisso contínuo de acolher e servir os pobres.
«Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» é o tema do Dia Mundial dos Pobres, deste ano, extraído do Capítulo 4, 7 do Livro de Tobias. Em sua mensagem, Francisco exorta a não desviar o olhar de quem está em dificuldade, como as crianças que vivem em zonas de guerra, os que são explorados no trabalho e os jovens prisioneiros de uma cultura que os fazem se sentirem falidos.
Chamado à ação: O Dia Mundial dos Pobres, que se torna cada vez mais central na vida da Igreja, nos convoca a ir além do simples acolhimento cotidiano. A pobreza cresce em nossas cidades, e a mensagem nos exorta a reunir-nos em torno da Mesa do Senhor para renovar nosso compromisso com os necessitados.
Desafios atuais: O Papa destaca os desafios contemporâneos, como a indiferença crescente para com os pobres em um mundo que prioriza o bem-estar individual. A parábola do bom samaritano é relembrada, chamando a uma ação pessoal e direta em favor dos necessitados.
Ação e gratidão: A mensagem expressa gratidão àqueles que dedicam suas vidas a ajudar os pobres, destacando a importância de ouvir, dialogar e compreender as necessidades materiais e espirituais dos menos favorecidos.
Responsabilidade social e política: Em meio aos desafios éticos e crises sociais, o Papa insta a um compromisso político e legislativo sério para garantir os direitos fundamentais, como o acesso à nutrição, saúde e trabalho digno.
Consciência das novas pobrezas: O discurso também aborda as novas formas de pobreza, como as resultantes de conflitos e especulações que aumentam os preços, prejudicando as famílias. A ética no mundo do trabalho é enfatizada, com destaque para a necessidade de tratar os trabalhadores com humanidade.
Humanização e relacionamento pessoal: O Papa destaca a necessidade de ver os pobres como pessoas reais, com rosto, história e alma. Uma referência ao Livro de Tobias que enfatiza que a ajuda aos pobres vai além de simples esmolas; requer a restauração de relações interpessoais justas.
Inspiração em Santa Teresa do Menino Jesus: A mensagem encerra com uma reflexão sobre o amor perfeito, conforme expresso por Santa Teresa do Menino Jesus, destacando a caridade que ilumina todos na “casa” do mundo.
A mensagem do Papa nos convoca a agir com compaixão e comprometimento, mantendo sempre nosso olhar fixo nos rostos humanos e divinos dos mais necessitados. O VII Dia Mundial dos Pobres é um lembrete para nunca guardarmos nossos olhos dos que precisam de nossa ajuda.