A devoção a Nossa Senhora está sendo cultivada na Igreja com muita ternura. A Igreja reconheceu nela e aceitou-a como um dom extraordinário de Deus. Deus escolheu Maria para ser a Mãe de Seu único Filho, Jesus Cristo, Salvador da humanidade. Em virtude desta escolha, Maria foi preservada do pecado original e de todas as suas conseqüências. Deus a fez Imaculada (sem mancha de qualquer pecado). “Eu sou a Imaculada Conceição” – disse Maria, em Lourdes, aparecendo milagrosamente a Bernadete Soubirous, no período de 11 de fevereiro a 16 de junho de 1858.
Embora a Bíblia não diga especificamente que Maria é a Mãe de Deus, afirma que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e que Maria é a sua Mãe. Portanto, segue-se que Ela é a Mãe de Deus (Mt 1,18ss;2,11; Lc 1,41ss). É a Mãe de Deus não porque deu o início à divindade, mas porque é Mãe segundo a natureza humana de Cristo que é Deus. Ele mesmo quis ter uma Mãe, para depois dá-la aos homens por Mãe (J 19,26-27) e Intercessora. Ao mesmo tempo, Ela foi nos dada como modelo da vida cristã (Lc 1,26-28.8,21).
Não há perigo que ao amarmos Maria, Deus possa ser marginalizado ou ofendido. É, pelo contrário, venerando a Nossa Senhora que se reconhece a grandeza, a misericórdia de Deus e o seu amor, que nela começou a realização do Plano da redenção. Seguir a Maria é o mais curto caminho a Jesus e a mais segura garantia da vida eterna. Então, como Maria, o cristão procura escutar a Palavra, aceitar a vontade de Deus (Lc 1,26-38), acompanhar a Jesus em todos os seus passos até a cruz, acompanhar aos discípulos e seguidores de Jesus (At 1,12-14) e viver com eles em comunidade.