Diocese de Anápolis

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Presbitério e nave

    

Ao entrarmos numa igreja, a qual perto da porta de entrada costuma ter um recipiente com água benta com a qual nos persignamos lembrando o nosso batismo, imediatamente identificamos o lugar, disposto com bancos suficientes, onde ficam a maioria dos fiéis, chamado “Nave” da igreja. Há outro lugar onde ficam os ministros ordenados (bispo, padres, diáconos), chamado “presbitério”. A Nave e o Presbitério formam uma unidade daquilo que é a Igreja (Corpo místico de Cristo) com o seu Senhor (Cabeça da Igreja): corpo e cabeça formam o homem todo em sua visibilidade; Cristo-cabeça e Igreja-corpo formam o Cristo total; Presbitério e Nave expressam a totalidade da Igreja chefiada por Jesus Cristo. Como já falamos sobre o presbitério nessas catequeses, hoje vamos aprofundar um pouco mais no conceito de Nave.

Na Nave da igreja, encontram-se o batistério, o confessionário, as estações da Via-Sacra (que são 14 quadros e recordam a Paixão, Morte e Sepultura de Jesus) e o coro no qual ficam os cantores e os instrumentos. Como há momentos em que a liturgia prevê que devemos ajoelhar-nos, convém que a Nave tenha bancos com genuflexórios, e não apenas cadeiras, as quais forçariam os fiéis a se ajoelharem diretamente no chão.

Como dizíamos, a Nave expressa a Igreja como Corpo de Cristo. Essa maneira de falar encontra-se nos escritos paulinos. Os textos mais clássicos são 1 Cor 12,12-21; Rm 12,4-5; Ef 1,22-23; Col 1,17-19; 2,9-10. Os diversos textos bíblicos sobre o Corpo de Cristo, que é a Igreja (cf. 1 Cor 12,27) sublinham os seguintes elementos relevantes para sua compreensão: 1) a visibilidade da Igreja, já que todo corpo é material; 2) a diversidade de membros no único corpo; 3) a cabeça do Corpo é Cristo, os membros estão conectados intimamente entre si e com a cabeça; 4) cada um dos membros foi renovado por uma nova configuração que a graça lhe concedeu; 5) dentro da visibilidade que o corpo manifesta, reconhece-se também que ele é animado e vivificado por um elemento invisível, o Espírito Santo, que é a alma da Igreja (cf. Santo Agostinho, Sermo 267,4; PL 38,1231). O mesmo Agostinho deixou escrito também: “É dito a vós: ‘o corpo de Cristo’, e respondeis: ‘amém’. Sê membro do corpo de Cristo, para o teu amém ser verdadeiro… Sede o que vedes e recebei o que sois” (Sermo 272, PL 38, 1247). Cristão, sê corpo de Cristo e vive conforme essa dignidade!

Pe. Dr. Françoá Costa

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