“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10, 27). Jesus Cristo, Bom Pastor, conhece a cada um de nós pelo nome, ele sabe o que há de mais íntimo em cada um de nós e que nem nós mesmos chegamos a conhecer. O conhecimento que Jesus tem de cada um de nós é perfeito. Nós, ao contrário, não o conhecemos perfeitamente. O que fazer? Ouvir a voz do Pastor e segui-lo!
É preciso ouvir! Mas, há tanto barulho ao nosso redor! Por outro lado, por mais que admiremos o silêncio, quando temos oportunidade de fazer um pouco de silêncio, fazemo-lo com música. Que pena! Há pessoas que não podem estar sequer cinco minutos em silêncio. Você já observou como algumas pessoas ficam inquietas quando o sacerdote guarda uns minutinhos de silêncio depois da proclamação do Evangelho ou depois da homilia? Outras não sabem o que fazer na ação de graças depois da comunhão, caso não haja um canto. Muitas discussões se prolongam simplesmente porque os interlocutores não se escutam. Nós queremos seguir o Senhor e fazer a sua vontade. Não a realizaremos se não o escutarmos atenciosamente. Como? Com alguns propósitos concretos: escutar atentamente as leituras da Missa e a homilia, ler a Sagrada Escritura procurando entendê-la, evitar tanto barulho quando possível, fazer uns minutinhos de oração mental todos os dias.
A oração mental não é nenhum bicho de sete cabeças. Então, como fazê-la? Vejamos: basta ler um trecho do Evangelho e depois pensar naquela passagem, imaginá-la, conversar com Jesus sobre a cena do Evangelho, sobre a própria vida e a dos outros, escutá-lo. Para começar, seriam suficientes de 10 a 15 minutos diários. Escutando, também descobriremos a voz de Deus nas circunstâncias correntes da nossa vida: “anime a fulano que está triste, converse com cicrano a quem ninguém dá atenção, sorria para beltrano que parece amargurado”. Essas inspirações são voz de Deus para melhorarmos a nossa vida e a das pessoas que conosco convivem.
Pe. Françoá Costa