Na Bíblia encontramos duas passagens que explicitamente proíbem adoração das imagens (Ex 20,4ss; Dt 4,15ss). Essa proibição refere-se à fé que atribui às imagens poderes divinos, como se a imagem tivesse qualquer poder de si mesma. Originariamente aquela proibição referia-se às imagens dos deuses estrangeiros (falsos). Jamais se pode pensar, como o fazem os nossos irmãos protestantes, que qualquer espécie de desenho, pintura ou escultura é uma obra que ofende a Deus, e que tê-la em casa significa ser um idólatra.
O mesmo Deus mandou a Moisés fazer uma serpente de bronze (Num 21,4-9). Essa imagem da serpente era a figura de Jesus Cristo pregado na cruz (J 3,14ss). Também foi Deus quem mandou a Moisés fazer os dois querubins para cobrirem a Arca da Aliança (Ex 25,18ss). Salomão, quando construiu o templo, mandou fazer querubins e outras figuras, como leões e bois (1Rs 7,29), nem por causa disto o templo foi do desagrado de Deus. As proibições mencionadas pretendiam proteger a fé do povo de Israel em Deus único, pois Israel era cercado pelos povos idólatras.
As imagens de Jesus Cristo, de Nossa Senhora e dos Santos não são imagens daqueles deuses falsos. São lembranças de Pessoas muito queridas para nós que desejamos manter no coração e no ambiente em que vivemos. Essas imagens nos lembram e ajudam a viver em comunhão com aqueles a quem representam e também nos estimulam a seguir a Deus, a seu exemplo. A Igreja não adora as imagens, mas adora a Deus, a quem elas representam e recordam.