Diocese de Anápolis

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Festa do “Corpus Christi”

Significado

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo” (…). Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a munha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele (Jo 6, 51-56).
“Tomai, comei, isto é o meu corpo. Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou- a eles, dizendo: Bebe dele todos, pois este é o meu sangue” (Mt 26, 26-28). 

Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para caminhar como discípulos e missionários. Jesus nos comunica seu amor e se entrega a nós e por nós.

A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi instituída na Última Ceia, Quinta-feira Santa. Porque a Eucaristia foi instituída na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, 60 dias após a Páscoa. É uma festa de ‘preceito’, isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia.

A procissão pelas vias públicas atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo.”

História

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração, veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem, no entanto, manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo – hóstia.

Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a Igreja, os objetos milagrosos foram para a cidade de Orvieto em grande procissão, sendo recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou esta prática de Orvieto para o mundo católico.

O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas dioceses, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão difundiu-se na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

Celebração

Em Anápolis, a festa do Corpus Christi é celebrada com a solene Missa na histórica Praça Sant´Ana, pelo bispo diocesano Dom João Wilk, às 18h. De todas as paróquias os fieis saem em procissão, adorando o Santíssimo Sacramento, com orações e cânticos. No percurso das procissões são preparados quatro altares, onde se faz uma meditação sobre temas específicos, relacionados com a Eucaristia, e se dá a bênção com o Santíssimo Sacramento.


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