Em seu segundo dia em solo chileno, o Papa Francisco visitou o Centro Penitenciário San José, que abriga mulheres que cometeram crimes leves e moderados. O Santo Padre foi recepcionado por diversas internas com seus filhos, os quais foram abençoados por Francisco.
Irmã Eli Leon, coordenadora da Pastoral Carcerária, fez um breve discurso logo no início do evento. Acompanhada de perto por Francisco, Leon pediu compreensão às detentas e à vida carcerária que levam. Sua fala foi seguida por Janet Zurita, coordenadora do centro prisional. “Obrigado, Janete, por partilhar conosco este pedido de perdão. Obrigado por nos lembrar esta atitude, sem a qual nos desumanizamos. Eu sou o primeiro a pedir perdão, pois sem isto perdemos a consciência de que erramos e de que podemos errar e que cada dia é uma oportunidade a recomeçar”, disse Francisco.
A mensagem do Papa Francisco às detentas foi de fé e perspectiva. “Estar preso não é se perder a dignidade. Ninguém pode ser privado de dignidade. Vocês estão privadas de liberdade, por isso é necessário esquecer rótulos de que não se pode mudar. Uma condenação sem futuro não é uma condenação. É uma tortura”, ponderou o Sucessor de Pedro.
Ao final da vista, Francisco foi presenteado com diversas lembranças que foram preparadas pelas detentas e também as presenteou com uma Nossa Senhora em cerâmica. “O horizonte é se preparar para reinserção, vocês devem exigir isto da sociedade. Olhem sempre para o horizonte, para frente, louvem com vida. A sociedade tem a obrigação de reinserir vocês todas”, finalizou.
A visita ao Chile é a primeira etapa da Viagem Apostólica do Papa à América do Sul. Nesta quarta-feira, 18, ele se dirige ao Peru, onde fica até o dia 21.
Fonte: Canção Nova