Diocese de Anápolis

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Valor das dificuldades

Lc 1,57-66.80 

É muito importante entender o valor das dificuldades para que não tenhamos “mentalidade de estojo”: bem práticos! Uns servem para guardar canetas, lápis, borrachas, apontadores; outros, para guardar os CDs; as moças têm estojo para guardar a maquiagem; certos profissionais têm um para guardar as ferramentas. A vida, no entanto, não é como um estojo. Caso fosse, tudo se encaixaria perfeitamente: “quero fazer um curso de informática, curiosamente nestes dias apareceu uma equipe na minha escola oferecendo um gratuitamente”, “queria viajar para a Europa; por esses dias apareceu um sorteio na minha quadra e, curiosamente, fui sorteado”, “gostaria de almoçar fora hoje e, ainda que faz tempo que ninguém me convida, exatamente hoje três pessoas me chamaram e me deram a possibilidade de escolher o restaurante”.

“Infelizmente”, as coisas não são assim nem acontecem dessa maneira. As pessoas que tem mentalidade de estojo, geralmente ficam muito irritadas com qualquer coisa: se o marido chega tarde em casa… que drama: “ele estava com outra”; se eu durmo no mesmo quarto com o meu irmão e ele chega tarde e acende a luz… outro drama: “nesta casa já não se pode viver” (observe-se o exagero!); se alguém me dirige uma crítica… para quê? “ninguém gosta de mim, ninguém valoriza o meu trabalho, ninguém me entende”.

O Senhor está ao nosso lado, ainda que pareça que se encontra dormindo. Clamemos, portanto, para que ele nos salve e nos liberte de nossas angústias, temores, preocupações. Diante de todas essas dificuldades, especialmente diante da agitação interior, ele nos repete aquilo que disse ao mar agitado: “Silêncio! Cala-te!”. As nossas preocupações não costumam resolver os nossos problemas. O que precisamos ter é uma atitude de filho, de filha de Deus. O Senhor cuida de nós, seus filhos. Não nos esqueçamos de que, depois da agitação, da tentação, da provação seguir-se-á uma grande calmaria, a bonança, a felicidade, já vivida aqui e sendo que um dia a teremos eternamente no céu: seremos felizes para sempre!

Pe. Françoá Costa

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