Diocese de Anápolis

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Alva ou túnica

No livro do Apocalipse, Jesus aparece como o “Filho do Homem, vestindo longa túnica até os pés” (Ap 1,13). E os sacerdotes católicos que, na celebração do santo sacrifício da Missa, são o próprio Cristo, continuam a utilizar a longa túnica até os pés, à imitação do próprio Salvador que, em cada Eucaristia, vem salvar-nos. A túnica ou a alva se diferenciam um pouco pelo seu feitio, mas essencialmente, consistem numa veste branca que vai até aproximadamente à altura dos tornozelos. Antigamente, o padre rezava a seguinte oração ao revestir-se com a alva: “Purificai-me, Senhor, e limpai o meu coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar das alegrias eternas”. Atualmente, as orações para o sacerdote revestir os sagrados paramentos já não são obrigatórias, mas, sem dúvida alguma, fazem parte do tesouro da piedade da Igreja que, se o padre quiser, poderá continuar a rezá-las. A alva ou túnica alude, portanto, a brancura que o sangue de Cristo nos deixa depois da purificação que ele realiza em nós. Ela é utilizada pelos ministros ordenados (bispos, presbíteros e diáconos) e também pelos ministros instituídos (acólitos e leitores).

A Igreja fala ainda que “antes de vestir a alva, põe-se o amito, caso ela não encubra completamente as vestes comuns que circundam o pescoço. A alva não poderá ser substituída pela sobrepeliz, nem mesmo sobre a veste talar, quando se deve usar casula ou dalmática, ou quando, de acordo com as normas, se usa apenas a estola sem a casula ou dalmática” (IGMR, 336). Sobrepeliz é como uma túnica pela metade que vai até a altura dos quadris e que se utiliza por cima da batina. Amito é um pedaço de pano retangular com o qual o padre recobre a parte do pescoço antes de colocar a alva. Antigamente, quando o sacerdote colocava o amito dizia as seguintes palavras: “Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação, para que possa repelir as investidas diabólicas”.

No Antigo Testamento, entre as vestes sagradas de Aarão, revestido do sacerdócio antigo, estava a “túnica bordada” (Ex 28,4); no Novo Testamento, entre os paramentos sagrados do sacerdócio novo está a túnica branca que simboliza a pureza de coração e a preparação para as alegrias da eternidade. Possam todos os fiéis de Cristo, vestidos com a brancura interior, aproximarem-se do Altar do Senhor e participarem um dia do banquete do Cordeiro… no céu!

Pe. Dr. Françoá Costa

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