Diocese de Anápolis

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A correção fraterna

Foto: Reprodução/Dimitri Conejo Sanz

O Evangelho deste domingo trata da correção fraterna, que na minha concepção seria a capacidade de uma pessoa corrigir a outra com toda caridade e sabedoria necessárias e a capacidade do corrigido de aceitar humildemente a correção. É necessário sabedoria e caridade para quem corrige e humildade para o corrigido.

Sendo assim, aquele que corrige deve pedir sabedoria e caridade ao Espírito Santo para poder ganhar o seu irmão, caso contrário a correção poderá parecer que aquele que corrige se ache melhor, superior e então a correção não surtirá o efeito desejado, não porque o outro não precisa de correção, mas porque aquele que corrige não o fez de forma correta e como dizem, “vai tudo por água abaixo”.

Jesus ainda demonstra que não se deve desistir de primeira, chame outros amigos, chame até a igreja, ou seja, não podemos desistir fácil de querer levar nosso irmão para o caminho da verdade. Nós temos esta obrigação, não podemos simplesmente cruzar os braços diante do erro do outro. Enfim, depois de tentar tudo isso e a pessoa ainda assim persistir no seu erro, então podemos deixar pra lá, pois fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Todos nós podemos estar um dia nesta posição de ter que corrigir o outro, mas o façamos com sabedoria e caridade, sempre colocando nas mãos de Deus.

Em contrapartida, também podemos ser corrigidos pelos outros, uma vez que não somos perfeitos, daí é necessário para nós muita humildade e talvez até uma dose extra de paciência. Sempre que alguém te corrigir, agradeça e vá refletir, não retruque, não brigue com o outro jogando na cara dele os defeitos dele, como se isso pudesse justificar os seus erros, pois este momento é seu e não do outro. Apenas guarde no coração, como Nossa Senhora, e vá refletir, se você percebe que o outro tem razão, tente mudar, se o outro não tinha razão e te corrigiu à toa, então fique em paz, mas mesmo estando certo ou errado, não cause brigas e discussões. Acho que você nunca perderá nada por ficar calado, mesmo estando certo; no entanto, pode perder muito por falar coisas inconvenientes.

No fim do Evangelho ainda o Senhor destaca que “onde dois ou três estiverem reunidos em seu nome, Ele estará no meio deles”. Nos tempos de pandemia não podíamos nos reunir fisicamente, mas muitos fizeram e assistiram lives com momentos de oração, de partilha da Palavra, nestas reuniões Deus se fez presente e seu Espírito continuou agindo em nosso meio. Hoje já podemos nos reunir e, muitas vezes, não o fazemos, um grande comodismo reina nos cristãos, uma grande indiferença, lutemos contra isso e que possamos perseverar unidos em comunidade.Carlos 

Pe. Fábio Carlos de Araújo

Paróquia Imaculado Coração de Maria - Nerópolis
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