1. Nem todas as formas de Tradição têm o mesmo valor para a teologia
2. Todas as formas de Tradição possuem um grande valor para a teologia
3. A fidelidade à Tradição assegura a identidade, não obstante a evolução
4. A Tradição considerada no seu conjunto constitui com a Sagrada Escritura a regra suprema da fé
5. A fidelidade à Tradição impõe às vezes o rompimento com as tradições
6. Todas as verdades contidas nos Símbolos da Igreja possuem o caráter de verdades reveladas e fazem parte do conjunto dos dogmas da fé
7. A liturgia constitui o critério privilegiado de uma determinada verdade pertencer ao depósito da Revelação
8. A fé concorde de todo o Povo de Deus constitui o critério seguro de uma determinada verdade pertencer ao depósito da Revelação
9. A convicção acorde dos Padres e Escritores da Igreja a respeito de alguma verdade pertencer ao depósito da Revelação constitui o critério suficiente do caráter revelado dessa verdade
10. A doutrina dos teólogos é apenas um “lugar teológico” auxiliar, porém indispensável
11. A história constitui o critério negativo da fé e da teologia
12. A história, a arte e a literatura de ficção podem constituir um instrumento muito útil do anúncio cristão
A riqueza e a diversidade dos relatos da Tradição apresenta um bom número de dificuldades no trabalho do teólogo. Não foram codificadas até agora as regras de trabalho com esses relatos. O conjunto abaixo leva em conta algumas orientações úteis na iniciação teológica.
1. NEM TODAS AS FORMAS DE TRADIÇÃO TÊM O MESMO VALOR PARA A TEOLOGIA
Possui significado primordial a Tradição doxológica, ou cultual, na qual a Igreja reverencia a Deus (a Liturgia com os antigos Símbolos da Fé), a seguir as formas principais da Tradição magistral (os Concílios e a doutrina dos papas ex cathedra), depois o sensus fidei, e somente então as outras formas de Tradição.
Para a fé e a vida da Igreja possui autoridade decisiva a Tradição escrita com “T” maiúsculo. Não se pode dizer a mesma coisa das numerosas tradições escritas com “t” minúsculo, isto é, históricas e pela sua natureza relativas e mutáveis.
A supervalorização das tradições históricas, por exemplo do traje religioso, da língua da liturgia ou da forma de exercer a Eucaristia não definida pelo Evangelho pode conduzir a conseqüências dolorosas (como o caso do cisma do arcebispo Marcel Lefebvre, da sua “Irmandade Sacerdotal S. Pio X” e do Seminário de Ecône).
2. TODAS AS FORMAS DE TRADIÇÃO POSSUEM UM GRANDE VALOR PARA A TEOLOGIA
A teologia desenvolve-se harmonicamente quando recorre a todas as formas de Tradição, quando isso é possível. Quando dá preferência, especialmente por princípio, a umas formas com prejuízo para as outras, perde o equilíbrio. No período que precedeu de imediato o Concílio Vaticano II era excessivamente evidenciada a autoridade de S. Tomás de Aquino e a doutrina dos papas. Atualmente estamos cometendo, ao que parece, o mesmo erro em relação ao Vaticanum II. A teologia católica deve ser católica também em relação às fontes que a fortalecem. Ela preserva o seu universalismo (catolicismo) apenas quando não deixa de lado nenhum locus theologicus e quando haure de todos eles proporcionalmente ao significado que possuem. O teólogo que constrói a mariologia quase que exclusivamente sobre a doutrina dos papas, a eclesiologia com a exclusão dos Padres Orientais ou a antropologia reduzida ao Concílio de Trento, não merece o nome de teólogo católico, a não ser que faça uma clara restrição dizendo que está realizando pesquisas apenas complementares, fragmentárias. A escolha de uma ou outra hierarquização dos “lugares teológicos” determina o conteúdo da teologia.
3. A FIDELIDADE À TRADIÇÃO ASSEGURA A IDENTIDADE, NÃO OBSTANTE A EVOLUÇÃO
A Igreja romano-católica, juntamente com a Igreja ortodoxa, vêem na Tradição a garantia da identidade cristã não obstante as mudanças a que estão sujeitas. O recurso à Tradição frutifica também na interpretação da Sagrada Escritura. Assegura a nítida especificidade de ambas as teologias, e ao mesmo tempo a preservação da herança comum da fé. Alguns aspectos da Revelação encontraram na Igreja ortodoxa uma abordagem mais apropriada do que no catolicismo. O enorme distanciamento teológico entre o protestantismo de um lado e o catolicismo e a Igreja ortodoxa do outro decorre do diferente papel da Tradição atribuído à exposição da Bíblia. O profundo respeito à Tradição em ambas as Igreja, ortodoxa e romano-católica, salvou a comunidade básica na diversidade legalizada.
“O que foi dito acima a respeito da diversidade legalizada deve ser afirmado igualmente a respeito da formulação teológica distinta das verdades da fé, visto que no Oriente e no Ocidente, nas pesquisas sobre a verdade revelada, têm sido utilizados métodos diferentes e uma abordagem diferente com o objetivo de conhecer e professar as verdades divinas. Por isso não é de admirar que alguns aspectos dos mistérios revelados às vezes encontrem uma abordagem mais apropriada e uma melhor explanação em uns que em outros, de modo que se deve dizer que essas diferentes formulações teológicas muitas vezes mais se complementam do que opõem. No que diz respeito às autênticas tradições teológicas dos cristãos orientais, é preciso reconhecer que elas estão perfeitamente enraizadas na Sagrada Escritura, que são apoiadas e salientadas pela liturgia e fortalecidas pela tradição apostólica e pelos escritos dos Padres orientais e autores ascéticos (…)”. DE 17.
4. A TRADIÇÃO CONSIDERADA NO SEU CONJUNTO CONSTITUI COM A SAGRADA ESCRITURA A REGRA SUPREMA DA FÉ
Por “regra da fé” entende-se nessa afirmação o critério de uma determinada verdade pertencer ao depósito da fé, ou – em outras palavras – o sinal infalível de que uma determinada verdade é revelada e é preciso crer nela como numa mensagem divina. Trata-se de uma convicção universal da Igreja que encontrou a sua expressão igualmente na doutrina do Vaticanum II:
“A Igreja sempre reverenciou os Escritos Divinos, da mesma forma que o Corpo do Senhor (…). Sempre considerou e considera aqueles Escritos, juntamente com a santa Tradição, como a mais importante norma da sua fé, suprema fidei regula (…)”. CR 21.
5. A FIDELIDADE À TRADIÇÃO impõe ÀS VEZES O ROMPIMENTO COM AS TRADIÇÕES
A grade e autêntica Tradição da fé reveste-se incessantemente das pequenas tradições humanas. É por isso por exemplo que o fenômeno do cristianismo italiano distingue-se sensivelmente do fenômeno do cristianismo na Alemanha, e o cristianismo da Idade Média era sensivelmente distinto do cristianismo do Renascimento. Nascem e morrem numerosas tradições culturais ou nacionais, que se impõem sobre a Tradição da fé, enquanto esta última permanece imutável.
As pequenas tradições humanas algumas vezes atacam agres-sivamente a Tradição da fé e ameaçam a sua pureza, como por exemplo a nitidamente maniqueísta interpretação do valor dos bens “deste mundo”, difundida sobretudo na Idade Média na pregação e na teoria da ascese, a prática das indulgências na Alta Idade Média, algumas formas do culto dos santos, etc. Em nome da Tradição (autêntica) é preciso romper com a tradição (não autêntica, afetada por influências humanas e que eclipsa a verdade da Revelação). A renovação na Igreja, realizada pela volta às fontes, significa ao mesmo tempo a verificação (catarse) das tradições humanas que moldam o pensamento e a prática cristã. Nas devidas proporções, isso se relaciona também com a renovação das ordens religiosas. Sem o abandono de certas tradições, uma renovação mais significativa pode ser simplesmente impossível. “É preciso distinguir as provisões para a viagem do peso inútil, ou até nocivo” (Bernard Häring). “A tradição não significa a preservação das cinzas, mas sim o atiçamento da chama” (card. Joseph Höffner).
Pode ser formulada igualmente uma série de princípios relacionados com as diversas formas da Tradição.
6. TODAS AS VERDADES CONTIDAS NOS SÍMBOLOS DA IGREJA POSSUEM O CARÁTER DE VERDADES REVELADAS E FAZEM PARTE DO CONJUNTO DOS DOGMAS DA FÉ
Nos Símbolos da Fé a Igreja expressou de forma solene e cultual a sua consciência do Evangelho. E igualmente está convencida de que as verdades neles contidas fazem parte das verdades fundamentais da fé transmitidas pela palavra de Deus.
7. A LITURGIA CONSTITUI O CRITÉRIO privilegiado DE UMA deterMinada VERDADE PERTENCER AO DEPÓSITO DA REVELAÇÃO
A liturgia, como forma doxológica da Tradição, é considerada com razão como o “lugar” em que se encontra a presença especial e a atuação do Espírito Santo, a convicção da fé que se estende não apenas por séculos, mas por milênios, e por isso também o sensus fidei, e a seguir o melhor pensamento teológico, abalizado pela Tradição, e o mais cuidadoso desvelo da função magisterial da Igreja. Se, portanto, alguma verdade se expressa contínua e nitidamente na liturgia, isso significa que ela faz parte das verdades reveladas da fé.
A liturgia, como “lugar privilegiado do Espírito Santo”12, encarna em si e expressa o dogma da Igreja.
“O dogma é a alma da liturgia: nela está encarnado. Um contato real e existencial com o dogma pode ocorrer apenas através do contato com o seu corpo – com a Igreja que pratica a liturgia. Saciado pelo contexto da anunciação da Palavra (…), o Ocidente deixou-se levar excessivamente pelas investigações teológicas abstratas, afastadas do culto (escolástica, especialmente a posterior), e a Reforma afastou a Escritura do seu contexto litúrgico”.
Nenhum “lugar teológico” extrabíblico pode concorrer com a liturgia no que diz respeito à correção da hierarquia das verdades implicadas e proclamadas e quando à distribuição da ênfase. Tendo isso em conta, a Igreja aponta para a liturgia como a fonte de renovação, tanto da teologia como da piedade cristã.
“(…) em razão do seu papel especial no culto divino, a santa liturgia é a norma de ouro da piedade cristã (…)”. (Paulo VI, Exort. apost. Marialis cultus de 2 de fevereiro de 1974, no 23).
Isso não significa que todos os elementos substanciais da liturgia tenham sido expressos de forma ideal. Alguns textos mais recentes e atualmente introduzidos na liturgia não se equiparam pela sua classe à teologia da liturgia antiga. Isso se relaciona especialmente com os formulários das festas locais.
8. A FÉ CONCORDE DE TODO O POVO DE DEUS CONSTITUI O CRITÉRIO SEGURO DE UMA DETERMINADA VERDADE PERTENCER AO DEPÓSITO DA REVELAÇÃO
Quem convenceu os teólogos dessa tese foi Henry Newman, com o seu estudo sobre o arianismo. Ela foi aceita, ao que parece, por Pio XII, que deu disso um testemunho concreto, pois, quando estava preparando a proclamação do dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria e se encontrava diante da série dificuldade relacionada com a falta de testemunhos bíblicos explícitos, recorreu ao sensus fidei da Igreja. Enviou aos bispos do mundo inteiro uma espécie de consulta na qual indagava sobre a fé na Assunção em suas Igrejas locais. A resposta positiva de testemunhas representativas da fé do Povo de Deus (cuja ortodoxia é preservada pelo Espírito Santo) constituiu um dos argumentos sérios em favor da proclamação do dogma.
As recomendações pós-conciliares da Igreja para que os professores dos seminários mantenham o contato com o apostolado (confissão e sermões) têm por objetivo sobretudo a formação pastoral dos seminaristas, mas servem igualmente ao encontro mútuo e direto da teologia com o sensus fidei, com o que ambos saem lucrando.
9. A CONVICÇÃO ACORDE DOS PADRES E ESCRITORES DA IGREJA A RESPEITO DE ALGUMA VERDADE PERTENCER AO DEPÓSITO DA REVELAÇÃO CONSTITUI O CRITÉRIO SUFICIENTE DO CARÁTER REVELADO DESSA VERDADE
Não se pode concordar com a opinião de que a autoridade dos Padres e Escritores da Igreja decorre sobretudo da aprovação da Função Magisterial. O “critério dos Padres e Escritores” extrai a sua força da natureza da sua missão (contato próximo com o período apostólico, conformidade com o sensus fidei e ortodoxia), bem como da aceitação do seu testemunho na Igreja.
Apenas a doutrina dos Padres e Escritores considerada no seu conjunto pode constituir o critério da fé. Padres e Escritores particulares, como se sabe, enganaram-se em questões específicas, e até muito importantes (direito das pessoas em busca).
A aceitação da Igreja nobilitou de forma especial a doutrina de S. Agostinho sobre a graça, que é considerada simplesmente como doutrina da Igreja.
10. A DOUTRINA DOS TEÓLOGOS É APENAS UM “LUGAR TEOLÓGICO” AUXILIAR, PORÉM INDISPENSÁVEL
Os teólogos cumprem na Igreja a missão de ensinar. Se o papa, os bispos e os concílios com os sínodos constituem o Magisterium Ecclesiae institucional, os teólogos formam uma instância específica de doutrina que pode ser chamada de Magisterium in Ecclesia carismático. Eles receberam uma especial vocação de trabalhar com a Palavra de Deus para o proveito do Povo de Deus e o Magisterium Ecclesiae.
“Embora os teólogos não possuam o mandato autêntico de ensinar (esse magistério é próprio dos sucessores dos apóstolos), eles desempenham na Igreja um papel importantíssimo e prestam-lhe serviços inestimáveis. São eles que, num trabalho incansável, buscam uma compreensão e expressão mais perfeita do mistério revelado, e dessa forma – de acordo com as suas possibilidades – trazem respostas a novos problemas que se apresentam sempre de novo, e que muitas vezes possuem o mais alto significado para a própria existência humana”.
A. A TEOLOGIA AJUDA A INTERPRETAR OS SINAIS DOS TEMPOS
A teologia, estendida entre dois pólos – a palavra de Deus e a existência humana – busca em primeiro lugar iluminar e transformar a segunda com a primeira. Todo tempo formula as suas próprias perguntas e apresenta os seus “sinais”, que devem ser interpretados e percebidos para que da palavra de Deus seja extraída a resposta aguardada pelo Povo de Deus e pela função magisterial da Igreja.
B. A TEOLOGIA AJUDA A INTERPRETAR A PALAVRA DE DEUS E OUTROS “LUGARES TEOLÓGICOS”
A expericência multissecular da Igreja confirma a função indispensável da teologia. A Igreja funda faculdades de teologia, institutos e diversos centros de estudos bíblicos ou de teologia geral. Dos candidatos a bispo exige-se um grau acadêmico de disciplinas eclesiásticas ou ao menos fluência nelas. Na Polônia não são suficientes estudos acadêmicos para religiosos e leigos (UCL, ATC, Faculdade Pontifícia de Teologia de Wroclaw, de Cracóvia e de Poznan); quase cada diocese realiza a formação teológica dos leigos, vendo nela a oportunidade existencial da Igreja local. Fora da Polônia, em outros países onde se sente a crise dramática de vocações sacerdotais, a formação teológica dos leigos, que assumem novas funções, está se transformando numa espécie de “ser ou não ser” da Igreja em determinadas áreas. Constata-se também a universal fome de conhecimento teológico, especialmente bíblico, em diversos ambientes de pessoas leigas.
A história do último concílio desvenda a grande necessidade de teólogos sábios. O “magistério vivo da Igreja”, bispos e cardeais, enchiam as salas para aprender com E. Schillebeeckx, K. Rahner, Y. Congar, H. Küng e outros teólogos, que se tornaram mestres oficiais dos mestres na Igreja, verdadeiros e carismáticos magistri magisterii. Tinham mais a dizer no concílio aqueles bispos que conseguiram contar com os melhores teólogos-peritos.
C. A TEOLOGIA SERVE À IGREJA CUMPRINDO A FUNÇÃO CRÍTICA
A vocação do teólogo lembra a vocação do profeta, que consistia também na crítica. Nessa crítica os profetas não se distinguiam pela sutileza na escolha das palavras. Censuravam a infidelidade em relação a Javé não apenas entre o povo, mas também entre os ungidos do Senhor e mestres oficiais. Por esse motivo suportavam conseqüências desagradáveis. A apropriada formação do teólogo engloba a desinteressada e honesta busca da verdade apresentada na palavra de Deus, o indispensável respeito ao destinatário dessa verdade, isto é, o povo de Deus e o Magistério da Igreja, bem como uma postura crítica em relação a eles. Quando falta a coragem para a crítica, a teologia pode facilmente transformar-se numa ideologia a serviço de um grupo de pessoas, de determinadas estruturas e formas de poder dentro da Igreja. Quando contemplamos o acontecimento da Reforma da perspectiva do tempo, constatamos sem dificuldade a dissolução da virtude da crítica sadia nos ambientes teológicos em relação a deformações doutrinárias e práticas, “na cabeça e nos membros”. Não existe o problema se o teólogo pode criticar a função magisterial da Igreja (a experiência da existência cristã há muito tempo decidiu que “sim”). Existe apenas o problema de como fazê-lo. Porquanto pode-se criticar como S. Francisco e como Valdo, como S. Catarina de Sena e como Tomás Münzer ou Savanarola.
11. A HISTÓRIA CONSTITUI O CRITÉRIO NEGATIVO DA FÉ E DA TEOLOGIA
Isso significa que o teólogo não vai incluir no depósito da Revelação e da fé aquilo que à luz da história (juntamente com o desenvolvimento das ciências) mostrou ser relativo ou simplesmente errôneo; não vai afirmar, por exemplo, que todos os pronunciamentos da função magisterial da Igreja em questões de fé e de costumes têm que estar livres de enganos, visto que a história demonstrou que alguns deles continham erros; não vai sustentar a tese de que na condenação de alguma afirmação científica o Magistério da Igreja é infalível, visto que a história conhece casos de trágicos enganos; não vai ensinar que os bispos, mesmo numerosos, não podem enganar-se em questões de fé, visto que se enganaram por exemplo na avaliação do arianismo.
12. A HISTÓRIA, A ARTE E A LITERATURA DE FICÇÃO PODEM CONSTITUIR UM INSTRUMENTO MUITO ÚTIL DA ANUNCIAÇÃO CRISTÃ
No diálogo entre o Evangelho e a cultura, inclusive leiga, da história, da arte e da literatura de ficção facilmente pode ser construída uma ponte de compreensão. O teólogo e o pastor de almas que travou amizade com esse “trio” humanista contará com gratos ouvintes para a sua teologia e o seu querigma.