A reflexão do Santo Padre foi uma mensagem de esperança, convidando cada pessoa a ser um farol de luz no mundo.
Na celebração da Solenidade da Epifania, realizada ontem (05), na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco dedicou sua homilia a refletir sobre o significado da estrela que guiou os Magos até o menino Jesus. Em um momento de profunda reflexão, o Santo Padre destacou a importância de três características essenciais da estrela: ela é brilhante, visível para todos e indica um caminho.
O Papa iniciou sua homilia lembrando as palavras dos Magos: “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. Ele enfatizou que, ao seguir a estrela, os Magos não apenas se dirigiram a Belém, mas também realizaram uma verdadeira transformação interior, movidos pela luz de uma nova esperança. A estrela, para o Pontífice, simboliza a luz do amor de Deus, que se fez homem e se entregou à humanidade.
A primeira característica abordada por Francisco foi a luz brilhante da estrela. Ele lembrou que, no tempo de Jesus, muitos governantes se autodenominavam “estrelas”, buscando refletir poder e fama. No entanto, a verdadeira luz, aquela que iluminou os Magos, não vinha das figuras de autoridade ou riqueza, mas de uma luz simples e generosa, representada pela estrela que os conduziu a Cristo. “A estrela fala-nos da única luz que pode indicar o caminho da salvação e da felicidade: a do amor”, afirmou o Papa, ressaltando que esse amor se manifesta na entrega de Deus ao se fazer homem.
A segunda característica da estrela, observou o Papa, é que ela é visível a todos. Diferente dos segredos ou círculos restritos de poder, a estrela está acessível a qualquer pessoa que procure um sinal de esperança. “Deus não se revela em círculos restritos, mas oferece sua companhia e orientação a quem O procura de coração sincero”, disse Francisco. Essa mensagem, explicou, é um convite para superar todas as formas de discriminação, marginalização e exclusão, promovendo, ao invés disso, uma cultura de acolhimento, onde todos possam sentir-se parte da grande família humana.
Por fim, o Papa destacou que a estrela também indica um caminho, especialmente importante no contexto do Ano Jubilar. A luz da estrela convida a humanidade a uma peregrinação interior, que liberta o coração de tudo o que não é caridade. “Caminhar juntos é típico de quem anda à procura do sentido da vida”, refletiu Francisco, sugerindo que todos os cristãos, ao seguirem a luz de Cristo, são chamados a alargar seus corações e fortalecer os laços de fraternidade e solidariedade.
O Papa concluiu sua homilia com um convite à coragem e ao compromisso: “Não tenhamos medo de dar o primeiro passo”, afirmou, lembrando que, assim como a estrela, todos somos chamados a abrir janelas de luz, oferecendo compaixão, perdão e acolhimento aos que sofrem.
*Com informações do Vatican News e Canção Nova Foto: Reprodução/ Vatican News