Na Audiência Geral desta quarta-feira (09), o Papa Francisco continuou seu ciclo de catequeses sobre “O Espírito e a Esposa”, refletindo sobre a descida do Espírito Santo em Pentecostes, conforme narrado no Livro dos Atos dos Apóstolos (At 2, 4). Diante de milhares de fiéis na Praça de São Pedro, o Santo Padre enfatizou a importância do Espírito Santo como o responsável por garantir a unidade e a universalidade da Igreja.
Francisco explicou que o Espírito Santo “empurra a Igreja para fora”, permitindo a acolhida de diversos povos, enquanto também a reúne em um só corpo, consolidando a unidade. Ele ressaltou que o Pentecostes não marcou apenas o início da missão da Igreja entre os judeus, mas também prenunciou a expansão da missão entre os gentios, citando a conversão do centurião Cornélio como um novo “Pentecostes” que superou as barreiras entre judeus e pagãos.
O Papa destacou que a ação do Espírito Santo não é abrupta, mas sim um processo discreto que respeita as diferenças humanas e o tempo necessário para a construção da unidade. Ele mencionou o Concílio de Jerusalém como um exemplo de busca pela unidade de forma sinodal, através de oração e discernimento conjunto.
Francisco fez referência a Santo Agostinho, que comparou a relação do Espírito Santo com a Igreja à do alma com o corpo humano. “O Espírito Santo não realiza a unidade da Igreja a partir do exterior; não nos ordena simplesmente que estejamos unidos. Ele próprio é o ‘vínculo de unidade'”, afirmou o Pontífice.
Ao concluir sua reflexão, o Papa Francisco pediu que o Espírito Santo inspire os católicos a serem instrumentos de unidade e paz, tanto na Igreja quanto nas relações pessoais. “A unidade só pode ser alcançada quando colocamos Deus no centro, e não a nós mesmos”, lembrou, convidando os cristãos a seguir o exemplo de Pentecostes. “Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a ser instrumentos de unidade e de paz”, concluiu.
*Com informações do Vatican News